sábado, 10 de dezembro de 2011

Endereço da droga na capital


Em Goiânia também existem locais que podem ser chamados de “cracolândias”. Porém, muitos fingem não ver.

Avenida Anhanguera com Rua 13, Setor Rodoviário, este é há muito tempo um endereço de usuários de drogas. A “cracolândia” goiana. São indivíduos que iniciam no mundo das drogas como “aviãozinhos”, nome dado a quem vende os entorpecentes. Eles e elas chegam de bicicletas ou a pé, mesmo durante o dia, e passa para os outros a “pedra de crack”. 

As crianças que começam vendendo logo estão usando, e depois se transformam em escravos de um vício que não conseguem abandonar por suas próprias vontades, porque a droga é mais forte que eles. Outra questão é a ausência do poder público, que deixam os jovens a mercê da própria sorte.

Este local é um ponto da cidade conhecido por muitas pessoas, isso porque é uma região que fica próxima a um dos principais centros comerciais de Goiânia, o bairro Campinas. Lá, se encontra a Rodoviária Interestadual e o Terminal do Dergo, estação do transporte público, onde passam milhares de pessoas todos os dias que vão e vêm do trabalho, da escola ou da faculdade. 

Com trânsito congestionado e fluxo numeroso de pedestres. É lá, que fica Cleber, nome fictício de um jovem de 23 anos, 9 no mundo das drogas. Ele começou vendendo entorpecentes, em seguida experimentou a merla e, hoje é um viciado em “crack”.

O jovem tem profissão de metalúrgico. Tinha trabalho. Abandonou a família: esposa e três filhas. Deixou tudo por causa do vício. “Tentei deixar a droga. Faz dois meses que voltei para as ruas. Estava na casa da minha mãe”, diz Cleber. Não ter forças para deixar o vício das drogas é um dos obstáculos que atingem esses jovens. 

A falta de clínicas para internação e desintoxicação é um empecilho para abandonar o vício. Sem o respaldo do poder público, eles se perdem na escuridão das drogas e no submundo do crime. São clientes e vítimas de traficantes, que enriquecem das vidas destruídas. A realidade é tratada com certo descaso pela sociedade. Os familiares até que tentam ajudar, mas tornam-se doentes junto com o dependente.      

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