É comum percebermos nas ruas da cidade, mesmo aqui em Goiânia, inúmeros carros com apenas uma pessoa. É a síndrome do motorista solitário. O meio de transporte mais confortável que existe no mundo é o automóvel. Isso porque é de porta a porta. Porém, acaba acarretando volume grande de veículos nas ruas das cidades, gerando inúmeros congestionamentos. Mudar isso não é tarefa fácil, mas buscar alternativas para ao menos aliviar são bem vindas. Um empresário por meio da Internet retornou o costume da carona. Além de ajudar outra pessoa com a boa ação, o condutor realiza as viagens com uma companhia.
Pesquisas confirmam que diariamente as ruas das grandes cidades ganham inúmeros carros. A quantidade de carros, atualmente, é consequência da inércia no trânsito de todos os dias. O resgate do velho hábito de pedir e dar caronas talvez amenize essa situação. Foi pensando nisso que o empresário paulistano, Marcio Nigro, teve a ideia por meio da Internet desenvolver o projeto da carona. São pessoas que fazem cadastro num site, fornecendo dados pessoais, com endereço e referencias e, passam a contar com outros indivíduos que moram perto e trabalham próximo.
O site ajuda a aproximar pessoas que moram e trabalham na mesma região. Para garantir a segurança ao projeto administrado pelo empresário Marcio Nigro, só podem se inscrever os funcionários de empresas cadastradas. Em entrevista ao Jornal Nacional do dia 17/09/2011, o empresário destacou: “você deixa seus documentos na empresa, têm pessoas no trabalho que te conhecem, possuem seu número de telefone. Então, essa é uma garantia que existe realmente procedência da pessoa”, explica.
Em cinco meses, ele formou 100 grupos em 70 municípios, mais de 10 mil pessoas se cadastraram. Não foi a solução para todos os problemas da cidade, que precisa de investimentos em transporte público, mas o empresário Fabiano Ferreira adotou a ideia. Ele sai de casa sozinho, vira a esquina e encontra o analista de sistemas Mauricio Lisbão no posto, que nem reclama mais do trânsito. “Eu ficava um pouco estressado e, quando o Maurício começou a vir comigo pro trabalho, a gente vai conversando, trocando ideia”, revela o empresário.
Para Fabiano, foi melhor ainda. Ele levava mais de uma hora de ônibus. Hoje, vai em 40 minutos ao lado do amigo. “A gente descobriu por acaso que, trabalhando um do lado do outro, a gente morava próximo. Então, começou essa parte da carona solidária. As pessoas precisam conversar mais para se entender melhor”, declara o analista de sistemas.
Cuidados em dar carona devem continuar
Os cuidados em dar carona para quem não se conhece deve continuar. No caso da carona pela internet é realizado um cadastro, no qual as pessoas fornecem dados como endereço, dando garantias de segurança. Os envolvidos são checados para que o condutor e proprietário do veículo não corram nenhum risco. Por isso, os motoristas devem evitar dar carona para desconhecidos.
Inúmeros casos acontecem diariamente. Casos de pessoas com boa intenção vão dar carona e acaba sendo assaltadas. Recentemente, aconteceu com um funcionário público de 45 anos, morador de Mongaguá – São Paulo, que saía da cidade de carro em direção a Praia Grande, quando resolveu ajudar um homem que pedia carona na rua. Neste caso, o condutor não conhecia e nem teve nenhum contato com o suposto homem que pedia carona, no meio da viagem, o sujeito sacou uma arma de fogo e anunciou que se tratava de um assalto.
O motorista cumpriu as ordens do assaltante, seguindo até a um local onde um comparsa já aguardava a chegada do veículo entrou no veículo e obrigaram o motorista a descer, levaram o carro, com tudo que havia dentro.
Fonte:www. g1.globo.com/jornal-nacional
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